quinta-feira, 16 de julho de 2009

Conversão de sondas SS - Parte II - Movimentos


Em um upgrade de sonda, normalmente a carga de convés é aumentada, e para que o calado e a borda livre se mantenham, deve ser aumentada a flutuação das colunas e pontoons através do uso de blisters e sponsors. Com novo deslocamento e geometria, uma nova análise de movimento deve ser realizada.

Primeiramente um modelo geométrico modificado da região submersa da sonda deve ser preparado em um software modelador de malha como o Multisurf. A partir das análises de arquitetura naval, a posição do centro de gravidade e a matriz de massa da nova estrutura devem ser obtidas. Por fim, deve ser verificado a parcela de amortecimento viscoso, que deve ser incluída externamente no cálculo. Devido às estruturas pequena da sonda (bracings ou contraventamentos), o modelo de força de Morison é adequado para esse cálculo, caso seja necessário.

Com essas informações, o RAO da unidade pode ser obtido em diversos calados, normalmente são considerados os de Operação, Sobrevivência, Trânsito e Intermediário, através da obtenção dos coeficientes potenciais e resolução da equação dinâmica de movimento. Entre alguns softwares disponíveis no mercado, o WAMIT é uma boa opção.

Os RAO devem ser obtidos com aproamentos a cada 15 graus e cobrindo uma faixa de períodos entre 3 e 35 segundos, pelo menos. Estes servirão de base para os cálculos das curvas STR (Short Term Response) e para os cruzamentos espectrais com ondas com período de recorrência de pelo menos 1, 5 e 10 anos. Estes darão origem aos valores máximos esperados de movimento.

Com os RAOs de movimento no centro de gravidade da sonda, os movimento e as acelerações em diversos pontos são obtidos. Para o cálculo simplificado de air-gap, é utilizado o cálculo de movimento nos bordos da plataforma e o de elevação da onda na mesma posição, resultando em um RAO de borda-livre. Para o cálculo estrutural, as acelerações em diversos pontos é utilizada, além do valor de pressão devido à onda no casco.